A felicidade é um daquelas emoções básicas que
integram a nossa bagagem pessoal de suporte essencial de vida tal como o medo,
a tristeza e a ira.
Talvez um dos grandes desafios seja compreender a base
biológica das emoções.
Assim, se a felicidade é uma emoção básica e tem uma
base biológica haverá uma biologia da felicidade e uma biologia da
infelicidade?
Entre a alegria e a tristeza ou entre o medo e a ira
será a felicidade o racional da bipolaridade? Seria então o choro o racional da
tristeza e o riso o racional da alegria?
E será sinal de evolução biológica chorar de alegria
ou rir da tristeza?
Ou são apenas traições biológicas?
A felicidade parece sim tornar-se na nossa vida uma
camisa de forças "florida" cujos limites são os estereótipos sociais.
Felicidade parece referir-se ao ponto em que a a nossa
gestão quotidiana parece cruzar-se com a busca do impossível.
E se nesse caminho encontramos alguém (impossível não
encontrar) as nossas felicidades encontram-se e aí somos felizes às vezes
apenas com uma palavra, um olhar, um toque.
Será que
aceitamos que a felicidade aumenta com a idade? Que vivemos de forma mais
racional as emoções positivas quando somos mais velhos e de que alguma forma
isso funciona como um fator protetor para a doença mental.
Porém com o
aumento da idade também nos podemos tornar mais complexos avaliando acerca da
mesma vivência emoções positivas e negativas.
A felicidade e a
idade parecem ligadas por um eixo que as leva em simultâneo ao longo da vida.
Com o aumento da idade tendemos a alterar os nossos objetivos instrumentais de longo
prazo para objetivos emocionais de curto prazo.
Ao longo da vida
vamos desvalorizando os nossos objetivos de exploração do mundo em favor de
relações emocionais estáveis e de valores como a cidadania e a esperança o que
nos torna mais seguros e por isso mais felizes e mais capazes de fazer os
outros felizes.
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